sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Breve saldo e muitas palavras

 

 Os sentimentos que vão em minha alma sempre foram intensos.
Nunca fui calma nem misteriosa!
Em mim o amor transborda,
assim como qualquer outro turbilhão.
 

Se olhar para trás,
um pouquinho só,
tudo vem feito onda.
Grande, pequena, marola,
Vem, chega, bagunça, rearruma.

Não gosto de viver sem surpresas.
Não gosto do silêncio que eu não
escolhi.
Silêncio a gente se entrega, opta,
não fica rendido.





Uma filha. Sou mãe.
Sou filha.






 Ainda meu canto
cheio de flores.

 Ainda minha estante
cheia de livros.

 Ainda minhas noites de festas,
encontros, leitura,
zapping, preguiça...

 
 Ainda meus dias de trabalho, reuniões,
dona de casa, sócia, chefe, Sylvia.
Ainda o cigarro, a análise, o café, a música, o jornal, cinema, literatura, a poesia...
Pontos finais, exclamações, interrogações...


pensamentos para dividir,
pensamentos para esconder,
pensamentos para passar o tempo.
Ainda os melhores amigos de uma vida,
novos amigos,
muita conversa, risadas,
algum choro.
Há pouco a separação,
um fim, outro começo
e a vida transbordando toda manhã.

 2009 tão difícil. De todos, o mais difícil.
2010 o saldo, a cisão, novamente recomeço.
E em mim uma criança eterna,
palhaça, brincalhona.
Não cresce e cresce e desce e sobe
e dança com a filha que cresce
e corre e pula e dá saltos para a vida.
 


Agradeço a cada instante de dúvida.
Um pouco mais de certezas também
agradeço.
Agradeci mais este ano. Voltei a agradecer.
Lembro desta minha religião e então
vi que este ano conheci alguns segredos do tempo. 


João Gabriel, meu afilhado

Amém.

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