terça-feira, 15 de abril de 2014

E agora que é você quem parte?

Faz como quando a gente perde alguém que ama?
Faz o que com a falta e as lembranças todas?
É muita história,
muito tempo de vida juntas, Yedda.
Foi com você que aprendi sobre o jazz, a poesia, a literatura, o cinema,
a falar besteira (muitas) e dar boas gargalhadas sempre ao lado de um bom uisquinho (Glenfidich, of course).
Faz como para não chorar e querer deitar por séculos?
Minha querida mestre,
Você tentou me ensinar a não julgar, quis que eu fosse um espírito livre,
queria que eu aproveitasse a vida como esta se apresentasse.
E agora, faço como?
Em todas as perdas, você ao meu lado. E agora que é você quem parte?


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Opiniões não interessam

!

Vamos parar com este blablabá
Com este papo sobre o nada
Vamos falar sério
De mim, de você, do fim do mundo.
Tá tudo muito raso, muito frívolo,
Muito saboroso.
Tudo eu, tudo você,
E ninguém quer saber de ninguém.
Opiniões não interessam.
É tudo um grande blábláblá




domingo, 13 de abril de 2014

Bom dia, domingo (13 de abril de 2014)

Bom dia, domingo,
Hoje eu não encontrei o meu amor.
Onde será que ele anda,
Quem será que ele é?
A propósito, ontem também não o encontrei.
Talvez eu seja do tipo
“sorte no jogo azar no amor”.
Bom dia, domingo,
Hoje estou bem, ontem também.
Um mês tem quatro domingos,
Um ano tem de quatro a cinco vezes doze domingos
No mínimo, são quarenta e oito domingos vezes quarenta anos.
Minha vida tem 1920 domingos sem encontrar meu amor,
Onde será que ele anda,
Quem será que ele é?
Talvez eu seja do tipo
“antes só do que mal acompanhado”.
Não, não, bela desculpa arrogante.
Queria encontrar com ele, saber como ele é, onde ele está.
Será que haverá?
Amanhã é segunda, depois vem terça, quarta, lá-rá-rá-rá.
Próximo domingo serão 1921 domingos.

Sylvia Braconnot, 30 de março de 2014

"O livros dos Haicais", Mario Quintana
DIÁRIO DE VIAGEM
O poeta foi visto por um rio,
por uma árvore,
por uma estrada…

terça-feira, 8 de abril de 2014

De, Para

De, Para


Não prometa nada.
Sei que não posso querer
mais do que o vago.

Cada vez que vai
é sempre a última vez.