Minha amiga maravilhosamente louca, inadaptável, sacana das melhores, me inspirou com um post típico dela. Dizia: "em tempos de sexo microondas, banho-maria é luxo."
Não entendi muito bem o microondas até sacar que a metáfora é realmente boa. É mesmo como anda o sexo nestes tempos: esquenta rapidinho e come. Amanhã é outro prato, não é, Silvia Pilz?
Foi quando pensei no amor que eu gostaria de ter e sentir, à moda antiga.
Repondi ao post e agora elaboro:
Te amo como em outros tempos
Fogão à lenha, demorado,
charque ao sol,
cozinhando lentamente,
no tempo que Deus quiser.
Te amo em brasa enquanto a tarde cai
Cachaça das cinco, cigarro de palha, sem químicos nem erudição
Amor interior, de interior,
sem timer nem luz elétrica.
Te amo como antigamente,
com luz de lampião e silêncio de fazenda.
Cresci lá naquele mundão de Deus tão longe daqui. Escrevia-se cartas então! Maravilha. Saudade do meu ipê amarelo.
No post escrevi:
Te amo como nos velhos tempos, fogão à lenha, demorado, charque ao sol, quente no estômago que cozinha dentro e o sangue, este sangue, dependerá do ponto, de tempo sem timer nem luz elétrica. Lampião e som de fazenda lá fora.
Silvia, como os demais, adorei esse primoroso (como os demais) texto!
ResponderExcluirA correlação micro ondas e fogão à lenha , espetacular ! Obviamente vou compartilhar !
Beijos!