Um diário, uma brincadeira sem pretensão, um lugar meu. Um passatempo nos tempos da modernidade. Flores, cores, detalhes, palavras na rede, ao vento. Quero brincar até o final dos meus dias.
domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Breve saldo e muitas palavras
Os sentimentos que vão em minha alma sempre foram intensos.
Nunca fui calma nem misteriosa!Em mim o amor transborda,assim como qualquer outro turbilhão.
Se olhar para trás,
um pouquinho só,
tudo vem feito onda.
Grande, pequena, marola,
Vem, chega, bagunça, rearruma.
Não gosto de viver sem surpresas.Não gosto do silêncio que eu nãoescolhi.Silêncio a gente se entrega, opta,não fica rendido.
Uma filha. Sou mãe.Sou filha.
Ainda meu canto
cheio de flores.
Ainda minha estante
cheia de livros.
Ainda minhas noites de festas,
encontros, leitura,
zapping, preguiça...
Ainda meus dias de trabalho, reuniões,dona de casa, sócia, chefe, Sylvia.
Ainda o cigarro, a análise, o café, a música, o jornal, cinema, literatura, a poesia...
Pontos finais, exclamações, interrogações...
pensamentos para dividir,
pensamentos para esconder,
pensamentos para passar o tempo.
Ainda os melhores amigos de uma vida,
novos amigos,
muita conversa, risadas,algum choro.
Há pouco a separação,
um fim, outro começo
e a vida transbordando toda manhã.
2009 tão difícil. De todos, o mais difícil.
2010 o saldo, a cisão, novamente recomeço.
E em mim uma criança eterna,
palhaça, brincalhona.
Não cresce e cresce e desce e sobe
e dança com a filha que cresce
e corre e pula e dá saltos para a vida.
Agradeço a cada instante de dúvida.
Um pouco mais de certezas também
agradeço.
Agradeci mais este ano. Voltei a agradecer.
Lembro desta minha religião e então
vi que este ano conheci alguns segredos do tempo.
João Gabriel, meu afilhado
Amém.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Amiga
![]() |
Yeddinha e Antonia |
Escrevi esta poesia pensando na minha avó Yedda. Faz uns sete, oito anos... Incrível o que podemos fazer quando não há censura ou o encravado perfeccionismo que insiste em existir.
Amiga
Ter esta amiga querida
é como acordar aos sábados
pela manhã.
Sábado de junho,
justo para o descanso.
Dia de amanhecer
com pequenas frestas de sol
e cheia de preguiça.
Escrevo para ela
com o coração do tamanho
que não há
e um sorriso que é só para ela.
E só de pensar vem tudo
o que vivemos juntas e o que
sonhamos juntas, e o nada que
curtimos tantas tardes e noites e
manhãs ao longo de tantas
tardes e noites e manhãs.
Sempre sonhando, falando,
gargalhando,
despirolosofando!
Despirolosofamos!
E como...
Obrigada, amiga, obrigada.
Minha amiga querida,
você não precisa dizer mais nada.
Não tem que estar aqui
para que te sintas intensamente ao meu lado.Nesta mão, sinto a sua
e sou abençoada.
Você veio para sempre e,
com o tempo,
foi restando eternamente.Agradeço por todas as manhãs de sol e luz sobre minha vida.
Sem você não saberia entender deste amor que mora em mim,
nem deste sorriso toda vez
que penso em ti. Obrigada.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Propósitos escondidos de um arranjo de Natal
Hoje faremos nosso Natal nada convencional. Ao contrário dos outros anos, em vez de ser jantar aqui em casa, vamos fazer à beira da piscina porque está um dia lindo e um casal amigo tem uma das mais lindas vistas da cidade. Privilégios à parte, saí cedo para montar o arranjo da mesa. Alguém com olhar um pouquinho mais apurado vai perceber que as flores escolhidas são cheias de propósitos escondidos! Nasceu um arranjo bem abusado! Gostei.
Copos de leite amarelos, antúrios verdes... |
pura espontaneidade em plena Cobal |
sábado, 11 de dezembro de 2010
Recapitulando amores
Sou um poço de lugares comuns, adoro o óbvio, o simplesmente ótimo, o nada hermético ou incompreensível. O máximo de filosofia que fui foi O Banquete, de Platão, e era tudo o que precisava saber.

Adoro esta fase dele. O homem de mil fases! Há anos trouxe de Londres um poster desta pintura... Perdemos tantas coisas ao longo da vida...





Uma grande amiga não gosta de Picasso. Eu e ela temos mil coisas em comum, mas quanto a isto discordamos solenemente. |
Adoro esta fase dele. O homem de mil fases! Há anos trouxe de Londres um poster desta pintura... Perdemos tantas coisas ao longo da vida...
Roger Waters - Nasceu em 1943
Taí, Roger Waters me ajudou a levar todo meu existencialismo a sério e sem maconha! Nunca consegui fumar sem me sentir uma samambaia (risos).
Os discos do Pink Floyd que me compuseram nos anos 80:
Roger Waters X David Gilmor me dá a mesma preguiça que debater John Lennon e Paul Mccartney |
Amo estes asteriscos, pontos e cores - Miró: uma das melhores exposições que vi no Brasil foi no CCBB. |
Joan Miró i Ferrà naceu em Barcelona, 1893
Amedeo Modigliani - AMOOOOOOOOOOOOOOO
é so clicar no link abaixo e entender a razão. Tão sexy!
Mais uma pitada de pintura e dois pontos finais da literatura
Um capítulo à parte, porque explodem as cores, as raivas, o torto... Ernest Ludwig Kirchner PONTO FINAL |
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Um ano bom
Meu primeiro livro foi Reinações de Narizinho...
Tanto tempo... acho que foi Nelson Rodrigues quem disse que arte da leitura é a releitura. Impossível! Precisaríamos de dez vidas em uma (ou mais).
Tenho alguns autores preferidos. Aqueles que a gente compra assim que sai coisa nova. Sinto falta do Garcia Marquez, há tempos que não vem romance bom. O último, não consegui ler! Viver para Contar foi o primeiro dele que não fui até o fim devorando. Não fui até o fim e ponto.
Salman Rushdie é outro, Vargas Llosa também. Mas do primeiro não li o mais conhecido Versos Satânicos. Não tive vontade. E do segundo, não li vários, mas vai produzir tanto assim no inferno! Afinal, há outros tantos para ler.
Outro dia resolvi voltar à Clarice Lispector. Que azar! Não devia ter feito isso. Achei chaaata. Na adolescência, devorei tudo dela. Prova de que realmente mudamos. Mas todos eles merecem uma listinha própria. Hoje resolvi passar para cá, os últimos livros que li. Foi um ano bom.
Nos últimos meses, pude ler muita coisa boa! outras nem tanto. A leitura é um grande amor desde pequenininha.
![]() |
Os melhores dele são As Brasas e Divórcio em Buda. Ele é Húngaro. Este livro é o mais fraquinho dele, mas mesmo assim, pensando bem, prende a gente dentro de um porão durante a segunda guerra. |
![]() |
Já falei deste livro no blog. O autor é o mesmo de Equador e sou uma das milhares que leu. No Teu deserto é uma pequena obra-prima. |
![]() |
Tenho este problema. Ás vezes não lembro naaaada do que li de um texto. Teria que voltar às páginas para lembrar. O pior é que gostei!! Gostei muito. Ninguém merece uma memória dessas. |
![]() |
Um delicioso passatempo. O jeitão da Leila me irrita um pouco. Talvez porque ela transgredia demais no melhor estilo anos 70. Se é que alguém me entende. Deixa pra lá... |
![]() |
Sabe que é interessante? Ganhei de amigo oculto, não dei nada por ele, aí fui até o fim. É história verídica de um pai fora da curva e um filho fora do eixo. Valeu mesmo. |
![]() |
Confesso que não sou devoradora de Auster, mas Invisível vale cada página. Ótimo, ácido, forte, bom. |
Assinar:
Postagens (Atom)